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João Batista Oliveira: “A sociedade não está interessada no debate sobre educação”
O pedagogo afirma que não há cobrança para a melhora do ensino no Brasil e que o país ignora as boas práticas internacionais
CAMILA GUIMARÃES
11/11/2014 18h11
- Atualizado em
11/11/2014 19h00
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Nas últimas décadas, o Brasil conseguiu avançar no que diz respeito à inclusão de crianças na escola, mas pouco se fez para melhorar a qualidade do ensino – fator que está diretamente ligado ao avanço econômico e social do país. “Lidamos com a questão da educação de forma quantitativa. Isso inibe o debate sobre qualidade”, afirma João Batista Oliveira, doutor em pesquisa em educação e presidente do Instituto Alfa e Beto, uma ONG que ajuda a melhorar a educação de redes municipais.
Para o especialista, o país ignora evidências científicas sobre as formas mais eficientes de ensino e a prática de sucesso de países com sistemas educacionais mais avançados. “Devemos abandonar a ideia de reinventar a roda e adotar a atitude humilde de aprender com quem conseguiu avançar”, afirma ele em seu livro Repensando a educação brasileira (Editora Atlas), lançado nesta terça-feira em São Paulo. Na obra, Oliveira analisa as políticas educacionais brasileiras e faz uma dura crítica à formação dos professores. Nesta entrevista, ele fala também sobre a atuação dos sindicatos e sobre a falta de interesse da sociedade na melhora da educação.
ÉPOCA - Qual é o papel da qualidade do professor numa reforma educacional?
João Oliveira - Se partimos do pressuposto de que a principal função da escola é ensinar, transmitir conhecimentos, então a qualidade do professor é imprescindível. Mesmo com as novas tecnologias, ele tem papel fundamental na sala de aula.
ÉPOCA - Esse pressuposto não é consenso no Brasil?
Oliveira - Não. Nós perdemos a noção do que é a escola. Há fortes críticas à ideia de transmitir conhecimento; críticas em torno de organizar esses conhecimentos em disciplinas (prova disso é que não temos um currículo) e há até uma forte desvalorização da ideia do conhecimento. Hoje. Valorizamos muito mais a informação e damos pouca importância ao conhecimento. Ao fazer isso, a escola perde a razão de ser, perde a autoridade provinda do domínio do conhecimento. O professor perde sua autoridade. Ao mesmo tempo, se exige da escola um punhado de outras coisas que ela não tem condições, históricas ou contemporâneas, de fazer: ensinar valores, educação sexual, de trânsito, economia financeira, gerenciar conflitos, tem o bullying… A escola não tem competência para fazer tudo isso. Tiraram da escola aquilo que historicamente ela sabia fazer.
>> Amanda Ripley: “Na educação, importa mais como gastamos do que quanto gastamos"
ÉPOCA - Qual é sua opinião sobre a formação dos professores brasileiros?
Oliveira - Ela tem que ser vista no contexto da carreira: quem são as pessoas atraídas para a profissão, como elas são formadas na faculdade, como são iniciadas no trabalho e que tipo de carreira têm pela frente. Em todas essas áreas estamos mal. Recrutamos os estudantes com nível de formação muito baixo, de acordo com as notas do Enem. Os cursos de formação são desconjuntados. Para educação infantil e séries iniciais não se ensina praticamente nada. Os cursos de licenciatura são um pouco melhores, mas os estudantes são tão fracos que acabam sem uma formação robusta. Também não aprendem práticas de sala de aula, como ensinar um conteúdo de matemática ou física para adolescentes, por exemplo. Os futuros professores também não fazem estágios sérios. Dentro da escola, não há mestres para ensinar o professor iniciante, que não tem um tem modelo de sucesso para ser seguido. Isso tudo é um conjunto de fatores que precisam de uma política educacional única. Não adianta atacar um ponto e esquecer o resto. E, obviamente, é preciso dar condições de trabalho para o professor, garantir um ambiente razoável, um diretor que não dependa de vereador…
ÉPOCA - O senhor tem longa experiência na área de educação. Alguma vez o senhor viu ou testemunhou um debate que apontasse em mudanças nessa direção?
Oliveira- Não. Não há discussão sobre isso no Brasil.
ÉPOCA - Por quê?
Oliveira - O Brasil tem uma forma de lidar com a educação que é quantitativa. Desde a década de 60 que a política educacional tem a ver com crescimento. Colocar mais gente na escola, aumentar vagas, aumentar os anos de estudo, o tempo dentro da escola... Isso ainda não parou, mesmo com a população em declínio. Hoje, se fala em aumentar o período integral, tornar a pré-escola obrigatória, colocar 50% das crianças na creche. Essa mentalidade quantitativa inibe qualquer outro discurso qualitativo, porque drena todos os recursos econômicos e gerenciais. E é claro que falar em vagas e período integral dá mais voto.
ÉPOCA - O que o senhor achou da discussão sobre educação na última campanha?
Oliveira - Qual discussão? Não teve nenhuma, zero. Teve plano de governo. A Marina e o Aécio chegaram a apresentar um. Do governo, teve lá uma lista de supermercado. Mas isso é porque a sociedade não está interessada em discutir a qualidade da educação.
ÉPOCA - Por que o senhor acha isso?
Oliveira - Olha, isso é uma coisa impressionante. A educação de qualidade é o maior bem econômico na era da informação. Isso já está mais do que estabelecido. Mas não temos no Brasil nenhum movimento do setor produtivo que seja sólido, consistente e insistente de cobrança por qualidade da educação. No máximo, um muxoxo numa reunião de câmara setorial. Mas mobilização de verdade, não. São eles os que mais entendem que o PIB depende disso e não estão nem aí. Depois, temos as classes mais altas e a média. O desempenho das escolas particulares no Pisa (prova internacional de avaliação de alunos) é pífio. As médias da elite brasileira são medíocres e está todo mundo satisfeito com o que tem. Absolutamente conformados. Eles até usam isso para ter seu diferencial: como o nível é muito baixo, qualquer esforço a mais entra no ITA ou na USP. Isso é muito confortável, usar essa mediocridade para ter seu diferencial. As universidades, outro setor da sociedade, são as mais omissas. Elas poderiam aprofundar o debate, mas não o fazem. A população das classes mais baixas, que é a maior vítima do descaso com a educação, muito menos fazem pressão. Ela se mostra satisfeita com a escola, consideram um serviço nota 7 ou 8, conforme mostram algumas pesquisas. nota 7, 8. É um serviço do governo relativamente bem avaliado.
ÉPOCA - E os sindicatos dos professores?
Oliveira - Ah, esses são muito competentes no seu trabalho. Eles conseguiram duas coisas. A primeira, mais perversa, foi convencer a população de que o professor é um coitadinho. Isso é péssimo para todo mundo. Uma pesquisa recente, divulgada durante a campanha presidencial, mostrou que na hora de criticar os serviços de saúde, a população culpa o médico, ele é o malvado que não atendeu direito ou deixou de atender. No caso da educação, o professor é a vítima. Nunca é culpa dele, foi o governo que não deu o dinheiro que escola precisava. Isso é péssimo, primeiro porque é mentira. O professor não é um coitado. Segundo, porque essa percepção atrapalha a valorização da carreira. Nessa mesma linha, os sindicatos conseguiram classificam os professores de trabalhador, em vez de profissionais. São os trabalhadores da educação. Essa terminologia passa a impressão de que se trata de uma classe vitimizada, esfolada de tanto trabalhar. É um grande desserviço. A segunda coisa que eles conseguiram tem a ver com postura. Como o governo não media os conflitos em prol da sociedade, eles conseguem o que chamam de conquistas: benefícios que colocam em rsico a sobrevivência financeira de municípios e estados. Essas leis de protecionismo acacabam, portanto, achatando os salários da carreira. Se um professor pode faltar 33% de seu tempo, alguém tem que pagar a conta.
ÉPOCA - No seu livro, o senhor afirma que não precisamos reinventar a roda para melhorar a qualidade da educação. O que o senhor quis dizer com isso?
Oliveira - Tudo isso não acontece só no Brasil. Nos países desenvolvidos considerados potências da educação há certos consensos básicos de como chegar lá. Entre eles que a escola tem que ensinar, que é preciso ter um currículo básico, que a formação do professor é prioritária. Já se sabe que os países mais adiantados em educação adotaram essas coisas e deu certo. Elas se baseiam em evidências científicas de quais são as melhores formas de ensinar e suas experiências nos dão as melhores práticas. Não tem como fugir disso. O grau de semelhança entre o básico que é feito nesses países é muito maior do que as belezuras que eles fazem isoladamente. O que todos têm em comum é a forma como o ser humano aprende. Isso é igual e há evidências e práticas de como montar um sistema educacional para fazer isso acontecer com eficiência. Mas o Brasil ignora isso.
Alunos do Sólon de Lucena param o trânsito em protesto contra furtos e arrastões na escola
Segundo a 22ª Cicom, os furtos, que costumavam ocorrer nas entradas e saídas de turnos do estabelecimento de ensino, criaram um clima de insegurança que levou os alunos a realizar o ato
Cerca de 150 alunos da Escola Estadual Sólon de Lucena fizeram uma manifestação na frente da escola, localizada na avenida Constantino Nery, bairro São Geraldo, Zona Centro-Sul de Manaus, em protesto a uma onda de furtos e assaltos ocorridos no local nas trocas de turno.
Segundo o tenente R. Feitoza, da 22ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), os furtos, que costumavam ocorrer nas entradas e saídas de turnos do estabelecimento de ensino, criaram um clima de insegurança geral. Alguns alunos chegaram a dizer que bandidos entravam na escola e realizavam arrastões lá dentro.
Tudo isso gerou uma indignação que impeliu os estudantes a organizar o ato, que começou por volta das 19h e terminou cerca de meia-hora depois, após os policiais militares chegarem e conversarem com os manifestantes. "Mesmo enquanto policiais, achamos que a reivindicação deles é válida. Fomos lá querendo diálogo e eles, no fundo, queriam alguém que os ouvisse. Os membros da guarnição chegaram a conversar com o diretor do colégio e a situação foi resolvida sem incidentes", contou o PM.
Ele ainda mencionou que a abordagem comunicativa dos policiais garantiu que os estudantes parassem rapidamente com o bloqueio da avenida Constantino Nery, algo que planejavam fazer. "Ao dizer que entendíamos como justo o que eles queriam e que iríamos atendê-los, conseguimos convencê-los a pararem de atrapalhar o trânsito, pois isso feriria o direito de outras pessoas, assim como o direito à segurança deles estava sendo ferido", relatou o tenente.
Mais policiamento prometido
Quando perguntado o que mudará depois da manifestação, R. Feitoza respondeu que mais policiamento será posto na área, mas ponderou sobre a questão macro que envolve a segurança pública. "Nosso papel nós fazemos, que é prender. No entanto, muitos dos que prendemos saem rápido, até por serem menores. Dias depois de serem detidos, eles voltam a delinquir. Isso cria um clima de impunidade e é isso que tem de ser mudado para que possamos dar segurança para a população", concluiu.
Dicas para uma boa redação
Dicas de Educação
1. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, conforme deve ser do conhecimento de V. Sa. Outrossim, tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
2. Evite abrev., etc.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. “não esqueça das maiúsculas”, como já dizia carlos machado, meu professor lá no colégio santa efigênia, em salvador, bahia.
5. Fuja dos lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. 0 uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out, palavras de origem portuguesa estão in.
8. Seja seletivo ao usar palavras de gíria, bicho, mesmo que sejam maneiras. Sacou, mané?
9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto num cocô.
10. Nunca generalize: generalizar sempre é um erro.
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar repetitiva. A repetição vai fazer com que a palavra seja repetida.
12. Não abuse dos citações Como costuma dizer meu pai: “Quem cita os outros não tem idéias próprias”.
13. Cuidado com a orthographia para não estrupar a língua.
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes, isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas um palavra? Corta!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Nunca use siglas desconhecidas, conforme recomenda a A.G.O.P.
21. Exagerar é 100 bilhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises, evitá-las-ei”
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha – ou seria Cabrita!?
24. Não abuse das exclamações! Seu texto fica horrível!!! Sério!
25. Evite frases exageradamente longas, por dificultarem a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Seja incisivo e coerente. Ou talvez seja melhor não…
Quanto mais cedo, melhor
Dicas de Educação
A progressiva participação das mulheres no mercado de trabalho foi crucial para uma revolução na demanda da Educação Infantil. Cada vez mais cedo, os pequenos estão transpondo os espaços familiares� e ingressando na educação institucionalizada.
� � � � Apesar de amedrontadores, são nesses primeiros passos no ambiente escolar que a criança encontra ferramentas para consolidar com autonomia a sua própria identidade. A escola é o primeiro espaço onde a condição da criança enquanto sujeito é valorizada. Ao contrário de outros locais, ali o que realmente importa é quem ele é, e não quem é sua família. É na escola, portanto, que o cordão umbilical psicológico que fazia da criança um ser único com sua família é delicadamente cortado. A partir de então, ela começa a descobrir e construir o seu próprio eu. E, a escola fornece as ferramentas indispensáveis para este processo.
� � � � Interagindo com crianças da mesma faixa etária, o pequeno indivíduo poderá conhecer mais sobre si mesmo e sobre os outros. Trocará experiências, e ao mesmo tempo será e terá novos modelos. Se antes ele ainda se confundia inconscientemente com os pais, e os tinha como únicos modelos, agora terá uma multidão de opções, estímulos, alternativas a seguir. Terá que fazer escolhas. Pela primeira vez, decidir por si só sobre aquilo que quer ser.
� � � � Mas, também conhecerá limites. Precisará seguir regras, ceder, dividir. Aprenderá a receber não como resposta e a falar sim. Aprenderá a dar passos de autonomia, ao mesmo tempo em que será desafiado a trabalhar em equipe. Por fim, aprenderá a viver. Conviver em sociedade.
� � � � � Exposto a uma avalanche de informações e estímulos neurológicos, na escola o pequeno terá matéria prima para construir o próprio conhecimento de mundo. Isso porque a criança é a conseqüência das interações que estabelece com o meio.�
� � � � � Exposto a uma avalanche de informações e estímulos neurológicos, na escola o pequeno terá matéria prima para construir o próprio conhecimento de mundo. Isso porque a criança é a conseqüência das interações que estabelece com o meio.�
� � � � É por meio do acesso � s novidades que a vida em grupo propicia que ela estabelece ativamente relações, constrói por si só os caminhos neurológicos. Enfim, desenvolve suas próprias habilidades cognitivas.
� � � � Como nenhum outro espaço, a escola favorece o acesso ao legado do conhecimento humano. No ambiente escolar, gradativamente, os pequenos são expostos a situações de aprendizagem. E, com isso, as faculdades mentais, sejam cognitivas ou não, são moldadas com primazia.
� � � � É neste íntimo contato com o mundo fora das quatro paredes de casa que a criança conquista a confiança necessária para enfrentar os desafios da vida. Quanto mais cedo ela perceber que é capaz de vencer os confrontos inerentes ao crescimento, mais facilmente aprenderá a gostar de si mesma. Com a auto-estima elevada, estará pronta para sonhar alto e a lutar por isso.
� � � � Não por acaso, pesquisa feita nos Estados Unidos constatou que crianças que vão a escola são mais bem sucedidas no futuro. O estudo feito com crianças de baixa renda com idades entre 3 e 8 anos apontou que� entre aquelas que receberam assistência educacional em instituições durante a infância, décadas depois, 29% ganhava mais de 2 mil reais mensais e 36% tinham casa própria. Já entre aquelas que não foram para escola, apenas 7% ganhava mais de 2 mil e 13% tinha casa própria.
� � � � Apesar de deixar o coração apertado, colocar o filho quanto mais cedo na escola é a melhor contribuição que os pais podem dar para o futuro dele. Mais que boas universidades, cursos extra curriculares, investir na primeira infância é o primeiro e mais certeiro passo para o desenvolvimento de todas as potencialidades guardadas nos pequenos.
Confira matérias relacionadas:
Enem de 2014 teve ao menos
1.519 eliminações, diz ministro da Educação
Do total, 236 candidatos
foram eliminados por uso de celular na sala.
Neste ano, mais de 8,7
milhões pessoas se inscreveram no exame.
Natalia Godoy
Do G1, em Brasília
O ministro da Educação,
José Henrique Paim, informou neste domingo (9) que a edição de
2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve 1.519
eliminações, dentre os mais de 8,7 milhões de inscritos. Desses,
236 foram eliminados por uso de celular, nos dois dias de testes.
Em entrevista à imprensa,
após o encerramento das provas, em Brasília, Paim disse que o
número total de eliminações ainda pode subir, após remessa de
informações atualizadas.
"Nós temos registro na
sala de aula que vão aparecer mais à frente", afirmou, citando
como exemplos de causas, uso de relógios, tentativas de fraude ou
perturbação nos locais de prova.
Ele também informou que as
abstenções neste ano alcançaram o índice de 28,64%, contra 29% no
ano passado. Em 2013, o total de eliminações chegou a cerca de
1.500, segundo o ministro.
Vamos continuar
aperfeiçoando esse processo, ampliando o rigor, para que qualquer
tipo de situação, de perturbação ou de fraude no exame, seja
coibida e garanta a isonomia de cada um que faz o Enem"
José Henrique Paim,
ministro da Educação
"Isso [eliminações] é
lamentável, mas nós queremos dizer que vamos continuar
aperfeiçoando esse processo, ampliando o rigor, para que qualquer
tipo de situação, de perturbação ou de fraude no exame, seja
coibida e garanta a isonomia de cada um que faz o Enem", disse.
Na entrevista, o ministro
disse que a logística do teste mostrou um processo de consolidação
neste ano. "Esse processo está consolidado e temos sem dúvida
alguma um exame que abre cada vez mais oportunidades para jovens e
trabalhadores do país. É uma política que vem gradativamente sendo
melhorada", disse.
Paim também foi questionado
duas vezes sobre a dificuldade de inscritos para chegar ao local da
prova, por morarem longe, o que levou muitos a perder o exame. Ele
não respondeu se, no ano que vem, haverá mudanças na inscrição
ou ampliação dos locais, por exemplo. "Nós temos que
verificar caso a caso, depende de como o estudante fez a sua
inscrição. Nós vamos analisar", afirmou.
O ministro também lamentou
a morte de uma mulher, em Olinda (PE), que passou mal poucos minutos
após entrar na escola onde prestaria o exame. Após se solidarizar
com a família de Edivânia de Assis, falou do nascimento de uma
menina em Caucaia (CE), durante a realização do exame.
"Nós lamentamos
profundamente, mas ao mesmo tempo que nós nos solidarizamos com a
família, nós queremos dizer que nós tivemos também um nascimento
de uma criança, que é a Júlia". A mãe, Maria Valdênia Alves
Vieira, começou o trabalho de parto dentro do local de prova.
Sobre o conteúdo da prova,
Paim disse que as questões neste ano, especialmente na área de
ciências humanas, "tiveram um pouco mais de objetividade"
, enquanto que em 2013, havia "textos muito complexos,
extensos". Ele disse, no entanto, ser precipitado comentar o
teor do teste e a equipe pedagógica da pasta vai se debruçar sobre
as mudanças.
Neste ano, mais de 8,7
milhões pessoas se inscreveram no principal teste para ingresso no
ensino superior público. Foi o número recorde de inscrições,
desde a primeira edição do exame. O exame foi aplicado em 1.752
municípios, com 17.367 locais de provas e 242.948 salas. No sábado
(8), foram aplicadas provas de ciências humanas e ciências da
natureza e neste domingo, as questões de matemática, e linguagens e
códigos, além da redação.
Correção das provas e
gabarito
Nos dois dias de prova, o G1
faz a cobertura em tempo real, com informações, fotos e vídeos da
entrada dos candidatos nos locais de prova. Internautas também podem
participar da cobertura enviando fotos e informações para o VC no
G1.
Além disso, a partir das
19h (horário de Brasília), em programa ao vivo, professores do
Curso e Colégio de A a Z, do Rio, e do Projeto Educação, da Globo
Nordeste, comentam os níveis de dificuldade de cada uma das provas,
o tema da redação e os pontos mais polêmicos das provas.
Candidatos que fizeram a
prova poderão participar do programa enviando perguntas e
comentários pela página da cobertura completa do Enem no G1.
O G1 trará ainda a
resolução das 90 questões preparadas pelos professores do Cursinho
da Poli. O gabarito oficial do Enem será divulgado pelo MEC até
quarta-feira (12).
Sábado teve 65 candidatos
eliminados
Balanço divulgado ainda no
sábado pelo Inep contabilizava 65 candidatos eliminados pelo uso de
aparelhos eletrônicos. O MEC e seus parceiros institucionais
monitoraram pelas redes sociais as postagens relacionadas ao Enem.
O uso de celular nas salas
de prova é proibido. Na hora da prova, os candidatos foram
instruídos a deixar os aparelhos eletrônicos em um envelope
fornecido pelos fiscais, que é lacrado e deixado embaixo da
carteira. Fora do envelope, o uso e posse do celular é condição
para eliminação da prova, segundo o edital. No ano passado, 34
candidatos foram excluídos por terem postado fotos.
O MEC informou que mais de
17 mil detectores de metal foram usados no país para combater
tentativas de fraude. O ministro da Educação, Henrique Paim,
afirmou na sexta (7) que milhares de pessoas foram treinadas para
usar o equipamento, com permissão para abordar candidatos a qualquer
momento.
SÁBADO (8) - RECIFE (PE) -
Colégio Santa Emília, onde candidata do Enem passou mal e morreu
antes de começar a prova (Foto: Anna Tiago / G1)
Colégio Santa Emília, onde
candidata do Enem
passou mal e morreu antes do
Enem
Muitos candidatos de estados
do Brasil que não aderiram ao horário de verão acabaram fazendo
confusão e chegando atrasados ao local de prova.
No Distrito Federal, duas
candidatas pularam a grade de uma escola na Asa Sul, em Brasília,
porque chegaram depois do fechamento dos portões. As duas meninas
pularam a grade da escola com a ajuda de pessoas que estavam do lado
de fora do colégio. Fiscais teriam tentado impedir que elas
entrassem no colégio e fizessem as provas. O Ministério da Educação
afirmou que as duas acabaram eliminadas.
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