Raimundo Holanda – Editor do Portal do
Holanda
Senador Eduardo Braga volta a Brasília |
O senador Eduardo Braga não sai derrotado
da eleição apenas por ter optado
por uma propaganda corrosiva e mal direcionada.
Perdeu para ele mesmo. Para a sua arrogância, para o seu destempero, para sua
visão equivocada de um eleitor cada vez mais esclarecido. Não foi a “máquina”
que derrotou Eduardo. Foi a sua prepotência.
Perdeu também a guerra do marketing
politico, apimentado por intrigas e por tentar ligar seu adversário ao crime
organizado. Criminosa foi essa tentativa de surfar no submundo e fazer
alianças para comprometer José Melo. .
Mas perdeu também, principalmente, porque Melo foi sua antítese em todo o
processo eleitoral.
Enquanto Braga falava de dinheiro e obras,
algumas faraônicas e não realizáveis, como a conclusão da BR 319, que é uma
rodovia federal, Melo falava de homens, de educação e do futuro.
Filho de trabalhador semiescravo que venceu
pelo estudo, Melo não é produto do
marketing político, mas sua imagem foi trabalhada com competência. O homem que
não sabia usar o microfone foi ao último debate na televisão e se revelou um
demolidor. Uma surpresa que Braga teve que engolir por 50 longos minutos.
Quem esteve por trás dele para radiografar
a sua alma de homem comprometido com o social
não foi um marqueteiro, mas um estrategista, que soube olhar as falhas do adversário e pedir, via programa eleitoral, que o eleitor
comparasse. Seu nome: Egberto Batista.
O Egberto que conheci nessa campanha é a
antítese do Egberto sobre o qual
ouvíamos lendas e boatos. Ele foi a um só tempo bombeiro, apagando o
fogo de vaidades que consumia a alma de
muitos aliados e comprometia a campanha. E estrategista ao qual Melo
entregou o comando da disputa eleitoral.
O resultado está aí...
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