Só a construção civil
fechou 33.556 vagas em outubro
Paulo Fridman / Bloomberg News
BRASÍLIA - O mercado formal
de trabalho brasileiro eliminou, em outubro, 30.283 empregos, pior
resultado desde 1999. No mesmo período do ano passado, o saldo foi
positivo em 94.893, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Os números foram puxados
pelos setores da construção civil, que fechou 33.556 vagas, da
agricultura, que respondeu por 19.624 demissões e pela indústria,
onde foram destruídos 11.849 postos.
Com exceção dos meses de
dezembro, quando as demissões superam as contratações devido às
rescisões dos trabalhadores temporários, o Caged registrou outros
dois saldos negativos no governo do PT: em novembro de 2008, de
101.748 e em janeiro do ano seguinte, de 40.821, reflexos da crise
financeira internacional.
O bom desempenho ficou por
conta do comércio, que registrou saldo positivo de 32.771, devido às
contratações de fim de ano e serviços, que respondeu por 2.433
contratações. Em setembro, a pesquisa revelou que haviam sido
criados 123.785 postos com carteira assinada, sem ajustes sazonais.
Apesar do desempenho do
comércio e de serviços no mês passado, as contratações estão
desacelerando nesses dois setores: em outubro de 2013, o comércio
registrou saldo de 52.178 postos e serviços, 32.071.
Entre as regiões, o Sudeste
eliminou 29.854 postos, seguido pelo Centro-Oeste, com saldo negativo
de 9,471 e pela região Norte, que fechou 5.432 vagas. Já Nordeste e
Norte, registram saldos positivos, de 8.543 e 5.931, respectivamente
Entre janeiro e outubro,
foram gerados 912.287 empregos com carteira assinada, considerando
dados ajustados (declarações fora do prazo). O dado representa um
recuo de 37% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o
saldo era de 1,464 milhão. A meta do Ministério do Trabalho é
criar num milhão de postos neste ano, mas nos últimos 12 meses,
foram abertos somente 473.796.
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