Pesquisa de estudantes da Universidade Federal
do Amazonas (Ufam) revela que estudantes de municípios do interior fazem poucas
atividades físicas no dia a dia
Acrítica.com
FLORÊNCIO MESQUITA
Falta oportunidade para os jovens do interior |
Uma pesquisa realizada ao longo de três meses em oito
municípios do Amazonas revelou que a maioria dos adolescentes entrevistados
possui perfil sedentário, conforme classificação física, embora tenham oferta
de alimentos saudáveis. O estudo foi realizado no ano passado por alunos de
Educação Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria com a
Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Eles decidiram fazer uma análise do estilo de vida de
adolescentes matriculados na rede pública de ensino em um projeto apresentado
ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) da Ufam. O
objetivo era identificar o estilo de vida de adolescentes estabelecendo como
base os hábitos alimentares, controle de peso, atividades físicas que praticam,
além do sono, percepção de saúde e do ambiente escolar, entre outros.
Após a captação dos dados em entrevistas e questionários, os
universitários fizeram a análise dos dados sob orientação da professora da
Ufam, Rita Puga. A análise dos resultados foi realizada por quase um ano até
ser consolidada.
O resultado da pesquisa virou livro que será lançado em uma
cerimônia, no próximo dia 25, no auditório Eulálio Chaves, na Ufam, durante a
Segunda Jornada Estilo de Vida de Adolescentes Escolares do Amazonas. Na
ocasião, os estudantes apresentarão os detalhes dos resultados ao público. Uma
das conquistas do projeto é a distribuição gratuita do livro.
Análises
Pescaria faz parte da rotina da população ribeirinha |
De acordo com a universitária Lorena dias, uma das
participantes do projeto, a pesquisa foi realizada em Manacapuru, Novo Airão,
Iranduba, Itapiranga, Silves, Codajás, Rio Preto da Eva e Boa Vista do Ramos.
Ela explicou que os municípios foram escolhidos devido à proximidade com a capital,
uma vez que os estudantes precisaram se deslocar para fazer o trabalho de campo
utilizando recursos próprios.
Os municípios foram divididos entre os três universitários,
sendo dois da Ufam e outro do Centro Universitário do Norte (Uninorte). Lorena
ressaltou que somente em Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, onde realizou o
estudo, foram entrevistados 969 adolescentes.
“Identificamos
que os adolescentes de 14 e jovens de 19 anos são sedentários mesmo com acesso
à alimentação saudável, observando o aspecto financeiro. A maioria é de escola
pública e tem atividade física baixa. Eles praticam atividade física, mas não o
suficiente para sair da classificação do sedentarismo”, disse.
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