segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Adolescentes do interior do Amazonas levam uma vida sedentária, aponta pesquisa




Pesquisa de estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) revela que estudantes de municípios do interior fazem poucas atividades físicas no dia a dia
Acrítica.com
FLORÊNCIO MESQUITA
Falta oportunidade para os jovens do interior

Uma pesquisa realizada ao longo de três meses em oito municípios do Amazonas revelou que a maioria dos adolescentes entrevistados possui perfil sedentário, conforme classificação física, embora tenham oferta de alimentos saudáveis. O estudo foi realizado no ano passado por alunos de Educação Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Eles decidiram fazer uma análise do estilo de vida de adolescentes matriculados na rede pública de ensino em um projeto apresentado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) da Ufam. O objetivo era identificar o estilo de vida de adolescentes estabelecendo como base os hábitos alimentares, controle de peso, atividades físicas que praticam, além do sono, percepção de saúde e do ambiente escolar, entre outros.
Após a captação dos dados em entrevistas e questionários, os universitários fizeram a análise dos dados sob orientação da professora da Ufam, Rita Puga. A análise dos resultados foi realizada por quase um ano até ser consolidada.
O resultado da pesquisa virou livro que será lançado em uma cerimônia, no próximo dia 25, no auditório Eulálio Chaves, na Ufam, durante a Segunda Jornada Estilo de Vida de Adolescentes Escolares do Amazonas. Na ocasião, os estudantes apresentarão os detalhes dos resultados ao público. Uma das conquistas do projeto é a distribuição gratuita do livro.
Análises
Pescaria faz parte da rotina da população ribeirinha

De acordo com a universitária Lorena dias, uma das participantes do projeto, a pesquisa foi realizada em Manacapuru, Novo Airão, Iranduba, Itapiranga, Silves, Codajás, Rio Preto da Eva e Boa Vista do Ramos. Ela explicou que os municípios foram escolhidos devido à proximidade com a capital, uma vez que os estudantes precisaram se deslocar para fazer o trabalho de campo utilizando recursos próprios.
Os municípios foram divididos entre os três universitários, sendo dois da Ufam e outro do Centro Universitário do Norte (Uninorte). Lorena ressaltou que somente em Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, onde realizou o estudo, foram entrevistados 969 adolescentes.
“Identificamos que os adolescentes de 14 e jovens de 19 anos são sedentários mesmo com acesso à alimentação saudável, observando o aspecto financeiro. A maioria é de escola pública e tem atividade física baixa. Eles praticam atividade física, mas não o suficiente para sair da classificação do sedentarismo”, disse.

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